Vídeo: Vereador Ary Correa mente em juízo no caso de denúncia por crime de Juninho da Cofril, na pandemia

Na foto (montagem) alusão ao boneco Pinóquio, que o nariz crescia sempre que contava uma mentira

Publicado por: Marcos Tristão Em: Política No dia: 28 de agosto de 2023


Em depoimento realizado no último dia 22, no 1º Juizado Especial Criminal de Cachoeiro de Itapemirim, o vereador Ary Correa (Patriotas) mentiu, mesmo estando sob juramento na condição de testemunha, em processo que acusa o vereador Juninho da Cofril de infringir as regras de combate a pandemia e provocar aglomeração.

Durante o depoimento ao Ministério Público, conforme vídeos, o vereador Ary afirmou que não viu grande número de pessoas durante o ato ocorrido no dia 23 de março de 2021, quando comerciantes e seus funcionários se aglomeraram na porta da Câmara Municipal, com objetivo de pressionar os vereadores a aprovarem Projeto de Lei de autoria do vereador Juninho da Cofril, que tornava todas as atividades comercias em “essenciais” e com isso burlar os decretos do Governo do Estado, tentando manter todo o comércio aberto, mesmo com mortes acontecendo diariamente nos hospitais da cidade e do estado.

Segundo o vereador Ary, ele não viu mais que 30 pessoas no local, “talvez até menos”, afirmou o vereador, e que não acompanhou o ato porque estava debilitado após ir ao hospital fazer um tratamento de saúde, e que chegou mais cedo para atender algumas pessoas e depois deixou o local.

Porém, o vídeo publicado pelo site de notícias ES de Fato, mostra claramente o vereador Ary Correa durante todo o tempo ao lado de vereador Juninho da Cofril, acompanhando atentamente todo o movimento e, inclusive, é possível certificar que havia muito mais que 20 pessoas presentes no local. Assista abaixo:

Um outro momento em que o vereador é flagrado mentindo ao Ministério Público e ao juízo durante a audiência foi quando afirmou que não sabia informar o motivo de todos aqueles comerciantes e seus funcionários estarem presentes com faixas e cartazes na porta da Câmara Municipal. O movimento era de amplo conhecimento de toda a cidade, inclusive de todos os vereadores, que votariam projeto do vereador Juninho da Cofril para burlar os decretos da covid.

Ainda em seu depoimento, o vereador Ary Correa confirmou ao Ministério Público que o vereador Junior Correa é conhecido como Juninho da Cofril. Ao final de todo esse movimento, Ary e Juninho da Cofril ficaram conhecidos por praticarem a “necropolítica”.

Falso testemunho é crime:

O crime prevê pena de reclusão, de 2 a 4 anos, e multa. A punição aumenta, de um sexto a um terço, no caso de o crime ter sido praticado mediante suborno ou com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta. No caso de a pessoa se retratar ou declarar a verdade, o crime deixa de existir. A retratação, no entanto, deve ocorrer antes de a sentença ser prolatada.