Ministério Público Quer Impedir a Farra com Dinheiro do Povo: Em crise financeira, município capixaba vai gastar R$ 700 mil em shows

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) instaurou Notícia de Fato para apurar eventuais irregularidades na aplicação de recursos públicos para a realização das festas para comemorar os 133 anos de emancipação política de Iúna

Publicado por: Agencia de Notícias Em: Política No dia: 15 de setembro de 2023


Só com a dupla Matheus e Kauan, o prefeito Romário pagará R$ 330 mil para apresentação em plena quinta-feira. Os mesmos cantores vão receber R$ 265 mil da Prefeitura de Junqueirópolis (SP) para show em pleno sábado. A Promotoria de Justiça de Iúna propôs dois TACs: um que limita gastos com festas na cidade e outro que garante melhorias nas creches e escolas. Caso não sejam cumpridos, o MPES vai ajuizar Ação Civil Pública em desfavor da Prefeitura e seus gestores.

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) instaurou Notícia de Fato para apurar eventuais irregularidades na aplicação de recursos públicos para a realização das festas para comemorar os 133 anos de emancipação política de Iúna, município localizado na Região do Caparaó capixaba, e da 10ª Festa do Café e 3ª Feira de Negócios. O procedimento foi aberto no dia 28 de agosto de 2023, por meio da Promotoria Justiça de Iúna, depois de tomar conhecimento que o prefeito da cidade, Romário Batista Vieira (PP), vai gastar mais de R$ 700 mil apenas com shows artísticos.

Depois de solicitar informações sobre os recursos a serem aplicados para a realização das festas, o Ministério Público se reuniu no dia 5 de setembro com a procuradora-geral do Município, Jennifer Martins Bonfante. De acordo com o MPES, foi proposta a celebração de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para limitar o valor a ser gasto em festas em Iúna. Ainda segundo o Ministério Público, também proposto TAC para garantir melhorias imediatas na estrutura das creches e escolas do município.

Conforme nota enviada pelo MPES , “caso o Município {de Iúna} se negue a celebrar os TACs, esgotadas todas as possibilidades de consenso, o Ministério Público Estadual deverá ajuizar Ação Civil Pública com o objetivo de questionar a utilização de recursos destinados à realização das festas referidas, com pedido liminar para que seja impedida a realização.”