O vereador Diogo Lube (Progressistas), de Cachoeiro de Itapemirim, abriu diálogo com o Partido dos Trabalhadores (PT). Em uma publicação recente nas redes sociais, ele aparece ao lado do ex-prefeito Carlos Casteglione e liderança petista de mulheres, Elizângela Altoé, além de seu assessor, Saulo Calazans.

A foto foi publicada no perfil de Elizângela Altoé, com a seguinte legenda: “uma boa conversa sobre o cenário político”. O post foi compartilhado por Carlos Casteglione, que, por sua vez, sinalizou “reforçando pontes e laços de defesa da democracia”.

A postura de Diogo ao longo de sua trajetória como vereador é sempre questionadora e contradiz em alguns casos o partido do qual é filiado. Sua adversidade com o Progressistas não é de agora.
Casteglione e Elizângela, no entanto, carregam o desafio de fazer o PT respirar em Cachoeiro. Nas duas últimas eleições municipais (2016 e 2020) o PT não conseguiu eleger vereador e foi um fiasco na majoritária. A própria Elizângela chegou a ser candidata a vereadora, tendo 248 votos em 2016 e 346 votos no ano passado. Não se sabe, ainda, se ela será a aposta do PT para no ano que vem. Na majoritária, primeiro com Braz Barros e depois com Joana Darc, na disputa pela prefeitura, os petistas tiveram 2.748 votos e 2.106 votos.

O ex-prefeito Casteglione disputou sua última eleição em 2018, dois anos depois de deixar a prefeitura. Obteve 7.087 votos para deputado estadual, em uma votação bem distante do seu histórico que tem êxitos não só como prefeito duas vezes, mas também como deputado estadual.

O PT, portanto, precisa de renovação em Cachoeiro. Vai ficar oito anos longe do poder, pelo menos, sem prefeitura e sem qualquer vereador eleito. A conversa com Diogo pode caminhar nesse sentido. Diogo Lube, no entanto, sabe do desgaste que a sigla tem no município e deverá avaliar com cuidado os seus próximos passos.
O que se é público e notório é que Diogo já não se sente tão à vontade no Progressistas. Não se sabe até quando ficará no partido.

Fato é que o PT se aproxima do que Diogo defende. Resta saber se estará disposto a carregar o fardo de um partido que, no âmbito municipal, aparentemente, está despedaçado.