Vendas do varejo estão 12,3% abaixo do pico visto em outubro de 2014, diz IBGE


Em: Economia No dia: 8 de julho de 2020


As vendas do comércio varejista estão 12,3% abaixo do pico alcançado em outubro de 2014, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio referentes a maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o volume vendido em maio estava 21,6% aquém do patamar recorde alcançado em agosto de 2012.

Atividades

Sete das oito atividades do comércio varejista registraram retração nas vendas em maio deste ano ante maio de 2019, segundo os dados do IBGE.

Na média global, o volume vendido pelo comércio varejista teve um tombo de 7,2%, a terceira taxa negativa consecutiva.

As perdas ocorreram em Tecidos, vestuário e calçados (-62,5%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-18,9%), Móveis e eletrodomésticos (-7,1%), Combustíveis e lubrificantes (-21,5%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-38,2%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-67,1%).

A única expansão nas vendas foi em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (9,4%). Segundo Cristiano Santos, analista do IBGE, o bom desempenho dos supermercados foi ajudado pelo pagamento do 13º salário de aposentados e pela liberação do auxílio emergencial.

Considerando o comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o volume de vendas teve recuo de 14,9% em relação a maio de 2019. As vendas de Veículos, motos, partes e peças caíram 39,1%, enquanto Material de construção encolheu 5,2%.

De todas as dez atividades do varejo ampliado, apenas os supermercados não tiveram perda recorde em abril ante abril de 2019. Todos os demais segmentos tiveram o pior desempenho da série histórica, apontou Cristiano Santos, analista da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE.