Publicado por: Redação Em: Interior No dia: 8 de janeiro de 2025
A confusão com os contratos de profissionais em Designação Temporária (DTs) da prefeitura de Cachoeiro, na área da Educação, parece ter chegado ao fim. A equipe de transição nomeada por Ferraço colocou os pés pelas mãos e, agora, desfez a lambança, atribuindo culpa ao governo anterior.
Tudo começou com uma fala desastrosa de Juninho da Cofril, em entrevista à uma rádio de Cachoeiro. Segundo ele, durante a entrevista, a prefeitura ficaria sem cerca de quatro mil funcionários, porque os contratos se encerrariam em dezembro, e o antigo governo se recusava a renovar tais contratos. Diante desse cenário, a equipe de transição nomeada por Ferraço decidiu acionar a justiça, para garantir que o ex-prefeito Victor fizesse a tal renovação.
A justiça recebeu o pedido e, prontamente, atendeu à equipe de Ferraço, determinando Victor Coelho a renovar todos os contratos, sob pena de improbidade administrativa e outras sanções. Victor Coelho, por sua vez, cumpriu a determinação judicial. Até ontem, 7 de janeiro, todos os contratos estavam vigentes e os profissionais prontos para trabalharem.
Acontece que a equipe de Ferraço não levou em conta um detalhe: de todos os contratos de DTS, a maioria, cerca de 2,1 mil, estavam ligado à Secretaria Municipal de Educação, totalizando uma folha salarial de mais de R$ 6 milhões. E a questão maior é que o mês de janeiro é de férias escolares, deixando, portanto, todos esses contratados subutilizados, já que não têm onde desempenhar suas funções.
Ao ver a trapalhada, a equipe de Ferraço foi recorrer novamente à justiça para reverter a decisão favorável ao pedido que eles próprios fizeram. E pleitearam à justiça que lhes autorizassem a encerrar os contratos com os profissionais da Educação.
Nesse meio tempo, fontes ligadas à redação deste jornal informaram que a ordem na Educação foi para que os DTs não comparecessem aos seus postos de trabalho e não batessem ponto. Com essa manobra, a prefeitura iria se desobrigar a pagar os salários, alegando que eles faltaram e descontariam os seus dias.
Talvez para mascarar os próprios erros, a equipe de transição de Ferraço tem tentado atribuir o problema à equipe de Victor. No entanto, durante todo o período de transição, nunca houve qualquer tipo de queixa ou animosidade entre os membros de ambos lados. Victor e Ferraço, inclusive, alimentam boa relação, sempre com muito respeito mútuo.
O judiciário, por fim, se manifestou novamente a favor de Ferraço e o autorizou a rescindir os contratos com os profissionais da educação.