Publicado por: Redação Em: Política No dia: 2 de setembro de 2021
Se tem uma coisa que Thiago Peçanha consegue é ficar sentado na cadeira de prefeito de Itapemirim, município do litoral sul capixaba. Mesmo com a justiça tendo cassado o seu mandato e de seu vice, ele continua no cargo, realiza inaugurações, participa de solenidade com o governador e outras autoridades e ainda programa assinatura de ordem de serviço para início de novas obras na cidade. Tudo normal, como se nada tivesse acontecido.
A oposição vive o clima de euforia e de incertezas. Dizem até que no último domingo houve um churrasco para comemorar a saída de Thiago e a chegada dos novos nomes que iriam compor o governo. Chegou a quinta-feira, a semana se aproxima do fim, e Thiago continua lá… prefeito, comandando tudo.
O corpo jurídico responsável por fazer a defesa de Thiago consegue fazer malabarismo e desafia a lógica jurisdicional. Em outras ocasiões, o prefeito já estaria afastado, o novo empossado e convocada novas eleições. Mas em Itapemirim, não.
Há quem aposte até que Thiago consegue terminar o mandato, mesmo estando na corda bamba e vivendo debaixo de uma instabilidade jurídica e política. Seu grupo de apoiadores não sabe se vai ou se fica. Quem trabalha na prefeitura dorme com uma certeza, sem saber se ela se manterá na manhã do dia seguinte.
Tudo isso, obviamente, é ruim para a população. Uma cidade promissora, cheia de belezas naturais, com indústria pesqueira forte, acaba vendo seu potencial ir por água abaixo por conta de guerra política que, fatalmente, termina em litígio no judiciário.
O tão esperado avanço se transforma e retrocesso. A estagnação gera um sentimento de desesperança. As atuais e futuras gerações de Itapemirim merecem mais.