Publicado por: Assessoria de Comunicação Em: Cultura No dia: 12 de janeiro de 2024
A maior referência do gênero literário crônica, no Brasil, Rubem Braga, nascido em Cachoeiro de Itapemirim, completaria, nesta sexta-feira (12), 111 anos de idade. Além de um escritor marcante, o cachoeirense também atuou como jornalista por 62 anos, participando de eventos históricos, como a Segunda Guerra Mundial, quando cobriu as atividades da Força Expedicionária Brasileira.
Formado em Direito, Braga também exerceu um importante papel na diplomacia e serviu como embaixador do Brasil, no Marrocos, residindo na capital, Rabat, entre os anos de 1961 e 1963.
Maestro em contar reflexões do cotidiano, Rubem Braga, em seus escritos, tinha a preocupação de usar uma linguagem objetiva e sem muitos adjetivos. Influenciado pela segunda geração modernista, refletia sobre seu tempo com uma postura crítica às políticas sociais da época.
Um dos filhos da terra mais relevantes, Rubem Braga elevou o nome de Cachoeiro, por meio de sua literatura. No munícipio, para manter viva a memória do autor, a gestão municipal realiza diversas ações em homenagem ao escritor, que escreveu mais de 15 mil crônicas ao longo da vida, entre elas “A borboleta amarela, “Morro do Isolamento”, “Um pé de milho” e “O menino e o tuim”.
Um desses eventos é o “Braganiano”, projeto que ocorre na Casa dos Braga, residência onde o escritor viveu com o também autor, Newton Braga.
Neste ano, na exposição “Trilhos de Palavras”, o visitante poderá ver a história da família Braga se desenvolvendo junto com a cidade e a expansão da ferrovia – duas potências que deram destaque e visibilidade, no cenário nacional, para Cachoeiro. A mostra estará aberta ao público, até março, de segunda a sexta, das 8h às 18h, com entrada gratuita.
“Pouquíssimas cidades têm o privilégio de ter alguém tão ilustre como conterrâneo. Cachoeiro tem a honra de ser um celeiro de artistas fundamentais para a história do Brasil. Rubem Braga é um desses e precisa ser lembrado e celebrado. Todas as homenagens a esse grande homem é o mínimo que podemos fazer por alguém que enobrece a nossa história”, salienta Fernanda Martins, secretária municipal de Cultura e Turismo de Cachoeiro.