Nesta semana,a estudante Iandria Souza Oliveira e a professora Gloria Maria de Farias Viegas Aquije, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) estão desenvolvendo trabalhos do Grupo de Estudos em Microscopia, projeto de extensão do Ifes – Campus Vila Velha, em uma escola de ensino fundamental em Saint George, na Guiana Francesa, e na Universidade Federal do Amapá (Unifap).

Iandria está em mobilidade acadêmica no Campus Binacional de Oiapoque, da Unifap, desde abril. O campus está localizado no extremo norte do Amapá, na região de fronteira com a Guiana Francesa. Ela está no 7º período de Licenciatura em Pedagogia no Campus Vila Velha e está estudando disciplinas de Pedagogia na Unifap. A mobilidade terá duração de seis meses, com auxílio financeiro do Ifes.

Na Guiana Francesa, a atividade aconteceu nos dias 3 e 4 de junho e envolveu alunos da Groupe Scolaire Gabin, em série correspondente ao 5º ano do Ensino Fundamental I. Lá, elas foram acompanhadas pela professora do curso de Letras-Francês da Unifap, Manoela Araújo, responsável pela Divisão de Cooperação e Relações Interinstitucionais do Campus Binacional de Oiapoque. Glória e Iandria também estão realizando uma formação com estudantes do 4º e do 6º período do curso de Pedagogia da Unifap, de 5 e 7 de junho.

O objetivo dessa formação é preparar os estudantes de Pedagogia para que eles apliquem essas atividades em uma escola de ensino fundamental de Oiapoque e também em uma Escola Indígena Estadual Jorge Iaparrá na Comunidade Indígena Aldeia Manga. Essas ações serão realizadas a partir da próxima semana e serão acompanhadas pela Iandria. “Eu vim para cá realizar essa formação juntamente com a Iandria. E eu fiz a mesma atividade que realizo no Espírito Santo na Guiana Francesa”, explica Glória. “E a estudante, que está em mobilidade na Unifap, dará continuidade nas escolas daqui pra mostrar como é essa formação com os alunos de ensino fundamental”, complementa.

As atividades são desenvolvidas com peças 3D do Museu de Microscopia e Ciências do Ifes (MM&C) como ferramenta de apoio. “Nós trouxemos peças como as que utilizamos nas ações do GEM, eles vão ficar com as peças e vão replicar a atividade que nós fazemos no Espírito Santo”, conta a professora. Durante a ação, é abordada a história da microscopia, desde suas origens até os avanços contemporâneos, e também são realizadas análises das características das células vegetais e animais, destacando suas estruturas e funções, e os diversos níveis de resolução em microscopia e a relação de tamanho entre células, bactérias e vírus. “Abordamos ainda arboviroses e doenças transmitidas por mosquitos, com foco na morfologia dos vírus dengue, zika e chikungunya, transmitidas pelo Aedes aegypti, incluindo o ciclo de vida do mosquito e suas implicações nas células do sangue, como o nosso organismo reage e se defende”, descreve Glória.

Sobre o GEM
O Grupo de Estudos em Microscopia, criado em 2011, é um programa de extensão de caráter cultural, educativo e científico, que tem como objetivo principal difundir o conhecimento e incentivar os estudos sobre a microscopia junto à comunidade do Ifes.

O GEM realiza as suas atividades por meio de encontros, oficinas e participação em eventos. Estas atividades são conduzidas por especialistas dos diversos ramos da microscopia, e realizadas tanto nas dependências do Ifes, bem como fora da instituição, oportunizando a participação de um público diverso. Os temas abordados incluem atividades voltadas para as crianças do ensino fundamental I, despertando a curiosidade e o interesse pelas ciências.

O Grupo possui parceria com o Museu Integrado de Roraima e já realizou algumas atividades conjuntas na Região Norte, inclusive em território indígena Wapichana. A ação na Guiana Francesa foi a primeira do GEM fora do Brasil.

Saiba mais sobre o GEM em: gem-micro.com.br.

Sobre o Museu de Microscopia e Ciências
O Museu de Microscopia e Ciências (MM&C), institucionalizado pelo Ifes – Campus Vila Velha, tem como missão divulgar e popularizar a ciência, especialmente no campo da microscopia, por meio de atividades de ensino, pesquisa e extensão. O museu busca proporcionar uma experiência única, estimulante e acessível para todos os públicos, transcendendo o ensino formal e aproximando a ciência do cotidiano.

O MM&C integra, desde 2023, o Sistema Brasileiro de Museus (IBRAM). Em junho desde ano, o museu aderiu à plataforma Tainacan, disponibilizando seu acervo no meio digital. O MM&C é o terceiro museu capixaba a fazer parte da Tainacan.

Acesse o site do museu: museu-ciencias.com.br.