Partido Patriota deverá abrigar o presidente Bolsonaro

Adilson Barroso, presidente do Patriota, é um dos políticos com mais seguidores nas redes sociais

Publicado por: Agencia de Notícias Em: Política No dia: 1 de junho de 2021


Adilson Barroso comanda o Patriota desde 2011, data da fundação da sigla que ainda se chamava Partido Ecológico Nacional. Nas redes sociais, é um dos políticos mais famosos e com maior número de seguidores, mas com um conteúdo curioso.

No Facebook, em sua página “Adilson Barroso Ambientalista”, o líder do Patriota tem 8,3 milhões de seguidores. Embora seja menos que o presidente Jair Bolsonaro, que tem 10 milhões, a página de Barroso tem o dobro de fãs que a do ex-presidente Lula, por exemplo. Além disso, atinge um público muito diferente de Bolsonaro: majoritariamente mulheres.

Na página, Barroso pouco fala de política, e publica fotos de animais e plantas, além de dicas de beleza com produtos naturais. Sua última publicação, anteontem, é de uma planta ornamental. Na última semana postou imagens de um cavalo, flores e cenouras.

Mas ele também aproveita o engajamento dos milhões de seguidores para se promover: em abril, publicou uma imagem sua com a legenda: “Um patriota a serviço da nação”. Em março, na mesma página, também promoveu um “jejum nacional pelo Brasil”.

Em seu perfil pessoal, porém, sobram publicações políticas: se é ambientalista na página pública — o que poderia provocar ruídos com Bolsonaro—, Barroso defende o voto impresso, o porte de armas e compartilha diversas manifestações a favor do presidente.

Seu desempenho como político é pouco expressivo. Foi vereador e vice-prefeito de Barrinha, no interior paulista. Elegeu-se em 2002 como deputado estadual pegando carona em Havanir Nimtz, candidata fenômeno do PRONA que imitava o estilo da principal liderança daquele partido, o ex-deputado federal Enéas Carneiro, morto em 2007.

Desde o início da sua trajetória como “dono de partido”, ele tenta atrair grandes nomes para a legenda em busca de uma corrida presidencial: a primeira tentativa, em 2014, foi Marina Silva, que optou por ser candidata a vice-presidente pelo PSB.

Para 2018, a meta já era ter Bolsonaro. As negociações foram o motivo da mudança do nome do partido de PEN para Patriota. Foram feitas ainda alterações no estatuto para tentar adequá-lo ao candidato desejado. Bolsonaro, porém, acabou desistindo do acordo pela falta de controle dos diretórios regionais e foi para o PSL. Preterido, Barroso lançou o folclórico deputado fluminense Cabo Daciolo ao Palácio do Planalto.