Gustavo Varella
Advogado, Professor, Cronista de Rádio e Jornal. Sócio de Varella, Dall'orto & Malek Associados.
Publicado por: Gustavo Varella Em: Colunistas No dia: 3 de junho de 2021
“Manga com leite mata”, “Quebrar espelho dá azar”, “Pular 7 ondinhas no ano novo dá sorte”… Crenças como estas, absolutamente inofensivas, povoam a cabeça de milhões de pessoas. Não vale à pena rotula-las de ignorantes, supersticiosas ou qualquer outro adjetivo exatamente porque não provocam mais que risadas.
Mas a idéia de que o sistema eleitoral brasileiro vive contaminado ou ameaçado por fraudes, a justificar IDIOTICES como esse papo furado de “voto impresso”, tem que ser combatida com explicações condizentes com a realidade, para que nenhum desavisado perambule por aí falando besteira como alguns antigos e recentes estelionatários políticos brasileiros.
Com a ajuda de um especialista em informática e informação, o engenheiro Helvio Pichamone Candido Jr, alguns dados são de vital conhecimento: “Vamos lá: pra começar, a única forma de “roubar” com a urna seria programá-la desde a origem para receber um voto no teclado e gravar um voto diferente no pen drive. E, como todas as urnas têm a mesma programação, a adulteração teria que ocorrer em 100% das urnas (qualquer fiscalização inicia com uma verificação técnica básica que comprova, sem qualquer sombra de dúvidas, que o programa da urna continua idêntico ao do que saiu inicialmente do Tribunal e idêntico ao de todos os demais).
Quando se encerra a votação em uma seção, a urna imediatamente imprime uma série de boletins idênticos descrevendo a quantidade de votos recebidas, discriminados por candidato. Esse boletim fica afixado publicamente para os eleitores, muitos tiram fotos dos mesmos, e os fiscais dos partidos ficam com uma cópia.
A partir daí, se ninguém roubou nada, não rouba nunca mais. Um único voto adulterado depois dessa impressão seria facilmente detectado. Bastaria conferirmos os números dos boletins com os que estão no banco de dados da apuração, públicos, via web. Para ficar claro, há aplicativos independentes que promovem a aquisição de dados impressos de todo o Brasil.
Milhares de boletins são fotografados e conferidos com os dados utilizados para definir os candidatos eleitos, toda eleição. Nunca um único voto foi “computado errado”. Você não perguntou, mas toda eleição os TREs e os partidos fazem votações paralelas, simultâneas, com urnas selecionadas aleatoriamente e tiradas e trocadas direto do local de votação, na hora da votação. De 7 às 17, conduz-se votação falsa, onde há impressão dos votos digitados (cada fiscal com sua caneta Bic).
Ao final, confere-se a contagem manual com a impressa no boletim. Como todos os programas são idênticos, uma adulteração seria encontrada na votação paralela.” PORTANTO, não se deixe levar por conversa de espertalhão. Não seja BURRO. Informe-se e não espalhe fake news!!!!