Publicado por: Agencia de Notícias Em: Economia No dia: 31 de agosto de 2023
As buscas por alternativas para substituir o rotativo do cartão de crédito têm mobilizado os setores público e privado. Entre eles, o governo federal, o Banco Central (BC), instituições financeiras, empresas de maquininhas de cartão e o Congresso Nacional.
O tema tem sido alvo de debate frequente desde o começo do ano. Em abril, por exemplo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), já havia afirmado que o desenho da modalidade prejudicava a população de baixa renda e sinalizou que já tinha dado início a uma negociação com as instituições financeiras para reduzir os juros cobrados na linha.
Em agosto, o assunto voltou à tona após o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmar publicamente que a instituição avalia alternativas para reduzir a inadimplência nas operações com o rotativo do cartão de crédito.
O rotativo é uma modalidade de crédito ativada automaticamente quando o cliente não paga o valor total da fatura do cartão até a data do vencimento. Essa é a categoria mais cara do país, com juros que, em julho, chegaram a 445,7% ao ano.
Para especialistas ouvidos pelo g1, as mudanças discutidas em torno do rotativo podem ajudar a dar mais transparência aos clientes e a reduzir juros, mas não necessariamente vão resolver o problema de descontrole de gastos — questão atrelada à educação financeira (entenda mais abaixo).
Campos Neto chegou a citar algumas das possibilidades analisadas:
Na Câmara dos Deputados, um projeto de lei propõe a criação de um limite de 100% para os juros do rotativo do cartão de crédito — ou seja, até o dobro do valor devido — caso o setor não apresente uma proposta de redução da taxa atual, de 445,7% ao ano.