Publicado por: Assessoria de Comunicação Em: Saúde No dia: 5 de setembro de 2024
Com o objetivo de atualizar sobre o cenário epidemiológico da Mpox no Espírito Santo e no Brasil, e fortalecer as condutas clínicas dos casos da doença, nessa quinta-feira (22), o Grupo Condutor Estadual da Rede de Urgência e Emergência, da Secretaria da Saúde (Sesa), trouxe para a sétima reunião o tema da Mpox. O Grupo é conduzido pela Rede de Urgência e Emergência (RUE) e conta com a participação de diversos setores que compõem o Sistema Único de Saúde (SUS).
No último dia 14, a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou que a Mpox constitui uma emergência de saúde pública de importância internacional (ESPII), em virtude do avanço da doença na África e a descoberta de uma nova cepa do vírus, a Clado 1b.
Presente na reunião, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, falou sobre a importância do trabalho em rede para manter e fortalecer a vigilância de novos casos da doença no Estado. “Mesmo se tratando de uma doença que já conhecemos desde 2022, quando há o decreto da OMS, é para fazer um alerta. E o propósito do grupo é trabalhar em rede, e nesse cenário, poder fortalecer mais do que nunca a rede de vigilância, incluindo também todos os focos de atenção”, disse Cardoso.
No Espírito Santo, de janeiro até o momento, foram encaminhadas 577 amostras suspeitas, sendo confirmados 8 casos da doença. Não há mortes confirmadas pelo vírus, e não há registro de circulação da nova cepa no território capixaba.
Responsável pela apresentação do cenário epidemiológico e explicações sobre o comportamento do vírus, o diretor do Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES), Rodrigo Rodrigues, destacou a incidência de casos no País e no Estado, além do trabalhado já realizado. “No Brasil, a incidência de casos e óbitos pela Mpox é baixa. O Plano de Contingência estadual segue ativo, com orientações sobre a abordagem clínica e o diagnóstico da doença, o que não difere, independentemente, da cepa de circulação”, explicou o diretor.
De acordo Rodrigues, o plano será atualizado na próxima semana para incorporação da metodologia laboratorial que vai distinguir a cepa de circulação, “mas, não afeta a abordagem clínica e o diagnostico”, frisou. O profissional destacou ainda a importância da participação da rede sobre o envio das amostras ao laboratório após a suspeição e coleta, além da comunicação ao paciente suspeito sobre a necessidade de garantir o isolamento adequado, evitando o contato com outras pessoas.
A reunião ainda contou com a presença do subsecretário de Planejamento e Transparência da Saúde, Francisco José Dias da Silva; do superintendente Estadual do Ministério da Saúde no Espírito Santo, Luiz Carlos Reblin; e de representantes do Colegiado de Secretários Municipais de Saúde do Espírito Santo (COSEMS/ES) e do Conselho Estadual de Saúde. O grupo condutor se reúne mensalmente para discussão de pautas e ações necessárias à permanente adequação do Sistema de Atenção Integral às Urgências.
Cuidados com a Mpox
A Mpox é uma doença viral transmitida de pessoa para pessoa, pelo contato com secreções, gotículas e/ou aerossóis. A transmissão também pode ocorrer por compartilhamento de objetos recentemente contaminados com fluidos do paciente ou materiais da lesão.
Embora os sintomas da Mpox sejam semelhantes aos da varíola, a doença é geralmente menos grave. Entretanto, este novo clado circulante na região da África, acende um alerta devido à apresentação de sintomas mais graves e as altas taxas de letalidade pela doença. Os sintomas mais comuns da Mpox incluem cansaço, febre, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo, ínguas e bolhas ou feridas na pele.
Caso haja suspeita da doença, o paciente precisa evitar o contato com outras pessoas e deve procurar imediatamente uma unidade de saúde para realização de exames e diagnóstico. O isolamento imediato é recomendado, e objetos pessoais, como toalhas e roupas de cama, não devem ser compartilhados.