Publicado por: Redação Em: Política No dia: 7 de dezembro de 2020
Quem conversa com alguns cachoeirenses mais antigos, escuta de tudo um pouco sobre Magno Malta. Desde “um cachorro caído na mudança vindo da Bahia”, até um “sensacional orador com grande poder de persuasão”. O ex-senador nasceu no município baiano de Macarani, mas foi na terra de Roberto Carlos que sua ascensão política teve início.
Pastor evangélico e cantor no grupo de pagode gospel Tempero do Mundo, assumiu como vereador em Cachoeiro em 1993. No ano seguinte, elegeu-se deputado estadual. Em 1998, deputado federal, com mais de 50 mil votos. Depois, senador. Em 2010, reeleito senador, com mais de 1 milhão de votos. Quando foi buscar a sua segunda reeleição para o senado, no entanto, não obteve êxito. Foi a sua primeira derrota eleitoral. Desde então, está ladeira abaixo.
Nas eleições municipais desse ano, por exemplo, Malta pediu voto para oito candidatos a prefeito no Espírito Santo. Todos perderam. Incluindo Vitória e Cachoeiro. E foram derrotas acachapantes. Na capital, seu candidato Halpher Luiggi não chegou a ter 1 mil votos. Em Cachoeiro, Jonas Nogueira ficou em terceiro, com 10 mil votos.
O prefeito eleito em Vitória, delegado Pazolini, ignorou suas ligações e rejeitou o apoio de Magno Malta. Foi o ex-senador quem “criou” Pazolini há dois anos, lançando-o candidato a deputado estadual, cargo que o delegado exerce atualmente.
Magno Malta está em seu inferno astral político. Não consegue acertar o discurso e alcançar o povo, como fazia antigamente. Ele chegou a ser convidado para ser vice-presidente de Bolsonaro. Recusou, porque dava como certa a vitória ao senado. Uma escolha errada. Um equívoco, apenas. E, agora, tudo parece desmoronar a sua volta.
Ele já esteve no palanque de Lula e Dilma. Amigo do poder e dos poderosos. Mas parece que sua lábia já não é tão convincente mais. Do mesmo jeito que decolou e voou alto em pouco tempo, o avião parece estar em pane e em queda livre, em velocidade ainda maior. Salve-se quem puder.