A assessoria de Theodorico Ferraço, que começa a exercer seu mandato de prefeito a partir de hoje, 1 de janeiro, divulgou que seu primeiro ato como gestor está sendo retirar as divisórias na pista na região do Posto Senna e trevo da Selita, as polêmicas muretas.

Se elas estão bem sinalizadas ou não, cabe debate. O que não se pode negar é que depois das intervenções feitas ali, duas coisas foram perceptíveis: a redução no número de acidentes e a diminuição dos congestionamentos fora dos horários de pico.

Tanto é que a intenção de Ferraço não é mudar a lógica do trânsito, invertendo sentidos ou retornos. Ele vai apenas substituir as muretas por outros materiais de sinalização. É o famoso trocar seis por meia dúzia.

Seria cômico, não fosse trágico, o futuro prefeito ainda teve a coragem de dizer que a retirada das muretas é “o primeiro passo para transformar nossa cidade”, como se Cachoeiro precisasse realmente disso. Aliás, se essa é a prioridade e ação fundamental no planejamento do seu governo, talvez falte sonhar um pouco mais alto. Cachoeiro precisa de pensamentos maiores, não de miudezas como essa.

Mas seu primeiro ato como prefeito dá o tom popularesco que vem aí no seu mandato, afinal, sua decisão não foi baseada em estudo técnico ou pesquisa. O seu vice-prefeito, Juninho da Cofril, inclusive, é conhecido por ser negacionista e, durante a pandemia, adotou a necropolítica e até hoje responde processos por suas irresponsabilidades. Resta saber se Ferraço também embarcará nessa.