Em: Internacional No dia: 15 de julho de 2020
Os Estados Unidos subiram o tom contra a China e anunciaram na manhã desta quarta-feira, 15, a imposição de sanções contra funcionários de empresas do país asiático, como a Huawei, gigante do setor tecnológico que negocia com o Brasil a venda de equipamentos para futuras linhas de 5G.
O anúncio foi feito em coletiva de imprensa do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, e é uma nova resposta de Washington à lei de segurança nacional imposta por Pequim sobre Hong Kong.
Os EUA têm pressionado países a proibirem a atuação da Huawei, que é líder no segmento 5G como feito na terça-feira pelo Reino Unido. A Casa Branca alega que a China utilizará as linhas para fins de espionagem. A nação asiática, por sua vez, diz que os EUA têm interesse comercial no assunto.
Além do Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Índia e Japão já cederam à pressão americana e proibiram o fechamento de contratos com a Huawei. No Brasil, a decisão cabe ao presidente Jair Bolsonaro, que ainda não bateu o martelo sobre a questão e está em uma “saia justa política”, como informou na semana passada o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
“Países precisam ficar livres de fornecedores de 5G não confiáveis”, declarou Pompeo na coletiva da manhã desta quarta. “O presidente Xi fez a escolha de violar suas promessas a Hong Kong. Foi uma opção”, completou.
Na terça, o presidente Donald Trump assinou legislação que pede sanções a autoridades e entidades da China, também pela ofensiva do Partido Comunista sobre o território.
Pompeo reiterou que a China está colocando a liberdade e a democracia em risco com o que chamou de “comportamento imperialista”. Ele também reforçou críticas ao país e à Organização Mundial da Saúde (OMS) por supostamente terem falhado em informar o mundo sobre a emergência do coronavírus na província de Wuhan.
Sem entrar em detalhes, o secretário de Estado americano disse que está atento à ofensiva da Rússia na questão energética. De acordo com Pompeo, Moscou deseja uma maior dependência da Europa a seu fornecimento de energia.