Depois que o Patriotas anunciou que vai apoiar Jonas Nogueira nessa eleição em Cachoeiro de Itapemirim, o seu pré-candidato, Subtenente Paulo Sérgio, decidiu deixar a sigla e trilhar o seu caminho em outra agremiação.
Fruto de um movimento de policiais, a pré-candidatura do Subtenente Paulo Sérgio estava sendo conduzida com o Patriotas. Sua ida para o partido se deu por conta dessa necessidade que os policiais enxergaram em estar ativamente envolvidos com a política e, para isso, seria necessária a filiação a uma sigla.

Há anos batalhando junto a Associação de Cabos e Soldados, Sargento Paulo atuou no debate sobre as leis que, para ele, estão cada dia mais rígidas para os policiais e flexíveis para os bandidos.

Antes de sair do Patriotas, Sargento Paulo conheceu o lado da política que pessoas de bem abominam. Segundo ele, membros do partido disseram que para que sua candidatura a prefeito se consolidasse, Sargento Paulo teria que se comprometer em arcar financeiramente com a despesa dos candidatos a vereador da sigla. “Não entrei para a política para cometer crime”, enfatizou Sargento Paulo. E acrescentou: “quem coloca dinheiro do próprio bolso para fazer campanha não tem aspirações sérias”, fazendo uma alusão de que para recuperar o investimento, seria necessário, caso eleito, participar de esquemas.

Perguntado o que achava da decisão do Patriotas, se o partido havia migrado para um projeto genuinamente de direita, ele respondeu com outra pergunta: “o que é a direita, hoje? Os partidos de direita em Cachoeiro estão contaminados. O eleitor não deve olhar o partido e, sim, o comportamento do candidato”, disse Sargento Paulo.

Ele já sacudiu a poeira, deu a volta por cima e abriu conversa com o Republicanos, porque os prazos para filiação de militares é diferente dos demais. Então, sua pré-candidatura está mantida, mas ainda sem definição por qual partido será.