Mais de 200 mil pessoas mortas pelo coronavírus. Caos e desespero instalados em Manaus, no Amazonas. Ironia do destino ver o lugar chamado como “pulmão do mundo” sofrer com mortes por asfixia. Mas é a consequência do covid-19, muito embora muitos ainda insistam e desacreditar na pandemia.

Sem leitos e cilindros de oxigênio para atender os enfermos graves pela doença, Manaus vive momentos de terror. Pessoas morrendo dentro de casa ou nos corredores dos hospitais. Sem encontrar uma saída, o povo do Amazonas respira agora um ar de solidariedade, compaixão e empatia. Diversos estados brasileiros estão doando suas estruturas para salvar a vida do povo. Entre eles, o Espírito Santo.

“O ES está disponibilizando 30 vagas de UTI-COVID para atender pacientes do Amazonas. Temos condições de recebê-los a partir desta madrugada. O momento exige solidariedade e união dos Estados em prol das vidas humanas”, publicou o governador Renato Casagrande em suas redes sociais.

É o que se espera de uma liderança política: a capacidade de sentir a dor do outro e utilizar o Estado para minimizar danos e solucionar problemas. Nisso, o governador acertou. Goiás, Piauí, Maranhão, Brasília, Paraíba e Rio Grande do Norte também vão receber pacientes.

É o esforço coletivo de quem não aguenta mais ver pessoas morrendo. “Ah, mas sempre morreu gente, só que de outras doenças”, diria um incrédulo. Não se trata sobre números, apenas, mas como evitar mais mortes.

O governador Casagrande deu uma bela lição em tempos de ódio e descrença. É com amor que se paga tantos ataques.