Editorial: Renato Casagrande e a gestão da pandemia


Publicado por: Redação Em: Editorial No dia: 19 de maio de 2021


Quando se fala na gestão da pandemia, existem muitos questionamentos, afinal, um vírus novo, causando uma doença nova, em um ambiente totalmente desconhecido para todos, é difícil tomar qualquer tipo de decisão. Fechar o comércio; usar máscara; distanciamento social; proibir eventos; enfim, todas as medidas impopulares, a contragosto da população, apesar de serem recomendações das autoridades em saúde no mundo todo, vez ou outra podem deixar qualquer um em dúvida se é mesmo a saída ou não. O tempo é o senhor da razão e isso dificilmente costuma falhar.

É um período desafiador para qualquer gestor público. O que fazer? Muitas vezes, o óbvio parece não ter sentido. Toda e qualquer decisão afeta diretamente a vida das pessoas. Uma escolha aparentemente boa para muitos, é ruim para outros tantos. Nesse cenário, é preciso ter coragem. Recolher o máximo de informações, ouvir especialistas, observar para que lado está indo o restante do mundo e, então, decidir.

Com mais de um ano de pandemia no Espírito Santo, uma coisa é preciso reconhecer: o governador Renato Casagrande teve o que foi preciso. A saber, a coragem.

O tempo vai passando e com ele as respostas vão surgindo. O número de mortos dói mais que uma economia devastada. Com uma população saudável é possível ter força para recuperar empregos, empresas, reerguer indústrias e recomeçar. Quantos gostariam de estar aqui para assistir o fim da pandemia? Quantas pessoas que perderam a esperança, a perspectiva e a crença de que isso tudo iria passar, mas, agora, estão aqui ansiosas por receber a vacina?

Talvez até mesmo o governador tivesse tido dúvidas em algum momento. Não é fácil ser alvo constante, sendo apedrejado diariamente, enquanto o seu Estado inteiro vai sucumbindo a um vírus devastador. Está sendo preciso adotar medidas difíceis, por vezes incompreendidas, mas que hoje fazem todo sentido.

Muitos ainda tentam apontar erros, equívocos e negar a necessidade de tudo o que foi feito para o enfrentamento do coronavírus. São muitos também que perderam a vida questionando, ao invés de seguir os protocolos. Ninguém acorda num dia comum pensando em maneiras de fazer o seu Estado regredir. Pelo contrário. O governador – e não só do Espírito Santo – pensa justamente o contrário. Quer ver seu povo trabalhando, empreendendo, evoluindo, buscando seu sustento e colocando comida na mesa de sua família.

Casagrande assumiu para si a responsabilidade. Talvez tenha faltado até um pouco de solidariedade de outros Poderes instituídos. Mas é o Executivo o responsável por apontar caminhos e, principalmente, as saídas. Nesse aspecto, o mérito é dele.

Não se trata de bajulação barata. É o reconhecimento de quem teve a coragem de todos os dias ir para a televisão, fazer lives na internet e colocar a sua face para bater dos dois lados, acreditando que as medidas adotadas seriam o melhor para todos. E foi.

Agora que o desafio é vacinar, Casagrande até tentou novamente, mas não só ele, como todos os governadores e prefeitos estão impedidos de viabilizarem sozinhos a solução para esse problema que é a falta de vacina. E ainda assim querem culpar prefeitos e governadores, quando faltou, a bem da verdade, um tanto de coragem em quem comanda o país para assumir as rédeas nesse momento em que o povo mais precisava.

O governador Casagrande não foi visto em nenhum momento politizando a pandemia, diferente do que fizeram seus opositores. Tentaram puxá-lo para esse buraco e agora ficam falando sozinhos, apagando vídeos e tentando desdizer tudo o que disseram porque o tempo se encarregou de colocar as coisas nos devidos lugares e mostrar quem realmente estava com a razão.

Enquanto Casagrande buscava leitos, respiradores, insumos básicos para tratamento em hospitais, entre tantos outros desafios, opositores falavam em eleição. Fizeram da morte palanque e do caos econômico bandeira política. Uma pena.

Ao analisar tudo o que aconteceu e vem ocorrendo ao longo dessa pandemia, especialmente para o povo capixaba, é preciso colocar a mão na consciência e agradecer o fato de o Espírito Santo ter sido conduzido com a razão e não com a emoção, podendo agora ter esperança de dias melhores para seu povo. Enquanto isso, Casagrande, trabalha e confia!