Publicado por: Redação Em: Editorial No dia: 10 de agosto de 2020


Essa semana, o prefeito Victor Coelho anunciou a liberação do funcionamento dos bares e restaurantes de Cachoeiro. Agora livres para retomarem suas atividades, depois de uma restrição que durou mais tempo que o esperado e deixou os proprietários desses estabelecimentos indignados e ansiosos, vem a insegurança com o futuro do setor.
O prefeito, por sua vez, parece ter acertado o momento de suspender as proibições. Quem faz a gestão de um município igual Cachoeiro precisa ter a coragem de tomar decisões impopulares. Quem conhece um pouco o prefeito sabe que não era seu desejo manter bares e restaurantes sem funcionar durante esses meses. Mas a vida de um prefeito tem dessas coisas: nem sempre a vontade de quem ocupa o cargo vai prevalecer.

A flexibilização foi acontecendo aos poucos. Os setores da economia começaram a retomar suas atividades de forma escalonada. O coronavírus é uma novidade para o mundo inteiro e não há, ainda hoje, certeza sobre nada. Em um cenário como esse, onde todos ainda estão no escuro, a preservação da vida precisa ser prioridade.
E nessa gestão da pandemia, o Espírito Santo se tornou referência: conseguiu dar conta da demanda, sendo o Estado que não se envolveu em escândalos de corrupção nos contratos firmados para garantir atendimentos.

Cachoeiro seguiu essa linha. E, finalmente, com número de casos estabilizados, só agora pode retomar com certa segurança o funcionamento de bares e restaurantes. As aulas e eventos, no entanto, continuam suspensos.
No entanto, mesmo com a liberação, como será a nova rotina nesses lugares? Em grandes centros, vídeos na internet mostram casas lotadas e o público sem máscara. Em outras ocasiões, restaurantes vazios, amargando ainda o reflexo da pandemia e o fato de muitas pessoas preferirem sair de casa apenas para trabalhar e outras atividades essenciais.
Muito se fala também sobre o “novo normal”. Fato é que ninguém pode prever nada com alguma certeza. O que sabemos agora é que a responsabilidade está nas mãos de cada um. Não dá mais para culpar o prefeito.