Dorlei Fontão: o prefeito improvável que se consolida como a maior liderança de Presidente Kennedy


Publicado por: Redação Em: Política No dia: 30 de junho de 2021


Presidente Kennedy, município localizado no litoral sul do Espírito Santo, tem um histórico de polêmicas e escândalos, inclusive, tendo em sua trajetória a necessidade de uma intervenção judicial para administrar a cidade. Reginaldo Quinta e sua sobrinha Amanda Quinta governaram a cidade, mas acabaram deixando a prefeitura pela porta de trás, depois de serem presos. No meio desse turbilhão todo, Dorlei Fontão, então vice-prefeito de Amanda, assumiu a prefeitura e foi reeleito, derrotando Reginaldo.

Existia em Kennedy um mito de que Reginaldo era imbatível. Mas ele perdeu primeiro para a sua sobrinha Amanda e, agora, para Dorlei. Reginaldo tem seu capital eleitoral forte ainda, no entanto, após duas derrotas consecutivas, deveria começar a pensar em pendurar as chuteiras.
Dorlei Fontão, por sua vez, sempre teve uma postura de jogador que joga para o grupo. Foi vereador por quatro mandatos e, enquanto vice-prefeito, ficou por vezes isolado pela própria então prefeita Amanda, mas nunca se queixou. É como dizem os mais antigos no interior: cabrito bom não berra.

No exercício de mandato de vice-prefeito, Dorlei vivia a expectativa de poder contribuir muito mais do que lhe era permitido. Estava sempre alerta quando era convocado, mas não participava efetivamente das formulações políticas que, na época, arquitetavam José Augusto, marido de Amanda, como o sucessor. Nunca se queixou. Assistia a tudo, cogitando, à época, inclusive, segundo pessoas mais próximas a ele, terminar a carreira política com um último mandato de vereador.

Mas o destino tratou de colocá-lo onde sempre sonhava e a conjuntura daquele momento ainda não lhe permitira sonhar: na cadeira de prefeito. Com Amanda e José Augusto presos, Dorlei se viu diante da primeira e mais dura missão: fazer o possível para que Presidente Kennedy não ficasse novamente na mão de um interventor judicial. A intervenção, por mais necessária que seja às vezes, costuma travar a cidade. Novos investimentos em educação, saúde e infraestrutura ficam parados e quem mais sofre é a população.

Dorlei foi conduzindo o município sem caças as bruxas, sem perseguição política, deixando para a justiça fazer o que fosse necessário e tentando unir forças para não deixar a peteca cair. Não demorou, começaram a aparecer opositores, de olho nas eleições que viriam.
A forma como Dorlei conduziu a prefeitura em sua interinidade e, posteriormente com Amanda cassada de forma definitiva, a população acabou por perceber que era ele mesmo quem deveria continuar no cargo. Venceu Reginal e venceu com folga.

Agora como prefeito eleito pelo povo e não como um acaso do destino, Dorlei está mostrando a que veio. Tem conseguido tirar do papel obras importantes para Presidente Kennedy e que gestões anteriores não conseguiram. O calçamento no trecho de Santo Eduardo a Jaqueira; o asfalto na estrada de acesso a comunidade de São Salvador; a construção de uma mega escola na comunidade de Marobá, região onde também foi feito um novo acesso, com pista duplicada e iluminada; a drenagem do Córrego Batalha; entre tantas outras.

Se continuar nesse ritmo, Dorlei vai conseguir ser o timoneiro que durante o nevoeiro leva o barco devagar e chega longe. É muito provável que o seu grupo político vai ditar as regras pelos próximos anos. Quem ganha com isso é a população. Um bom gestor não precisa de politicagem. Precisa entregar serviços e bons atendimentos ao povo e isso, fatalmente, se transforma em voto no futuro.