Se essa quarta-feira é de cinzas, o PL de Cachoeiro de Itapemirim parece estar aproveitando que o seu (até então) principal nome para a disputa da prefeitura, Júnior da Cofril, se tornou justamente cinzas e tenta reacender a chama bolsonarista, substituindo-o por um novo nome: Diego Libardi.

A informação de pessoas ligadas ao núcleo estadual do PL na Grande Vitória é de que Diego estaria se articulando nos bastidores para deixar o Republicanos, partido do qual faz parte atualmente, para migrar para o PL e ocupar o lugar de Juninho da Cofril.

A movimentação estaria sendo vista com bons olhos pelos filiados do PL em Cachoeiro. Inclusive, o vereador Léo Camargo teria se empolgado com a possibilidade, porque continuaria com seu projeto de ser reeleito vereador e em 2026 buscaria uma vaga de deputado estadual.

A possível jogada de Diego, no entanto, coloca seus dois principais aliados, os deputados estaduais Allan Ferreira (Podemos) e Bruno Resende (União Brasil), em uma verdadeira sinuca de bico, já que ambos são base aliada do governador Renato Casagrande (PSB) e têm no PL o principal partido de oposição, atualmente. Caso isso se confirme, Diego, que ganhou sobrevida política ao se aliar a Allan e Bruno, esfarela o trio que prometeu caminhar junto até outubro desse ano, ou, então, tira dois deputados da base do governador.

Diego Libardi foi pupilo do deputado estadual Theodorico Ferraço (Progressistas) na eleição de 2020, tendo sido lançado pelo ex-prefeito como sucessor de seus projetos em Cachoeiro, mas que, ao terminar a eleição, já divergiam e acabaram rachando. Agora, ao que parece, Libardi procura novo padrinho político, encontrando em Magno Malta e em um PL órfão, essa oportunidade.