O advogado Diego Libardi surgiu como uma das novas lideranças no cenário político de Cachoeiro, após ser lançado como candidato a prefeito pelo deputado estadual Theodorico Ferraço, em 2020. Ferraço precisava participar do processo eleitoral à época e Diego buscava espaço para iniciar a carreira política. Os interesses convergiam.

Apesar de não ter vencido a eleição, o neófito Diego Libardi fez jus aquele ditado de que “perdeu ganhando” no processo eleitoral de 2020, sendo o segundo mais votado na cidade. Porém, logo em seguida comete o primeiro erro.

Libardi rompe os laços políticos com Ferraço, seu criador, e tem sua fidelidade política colocada em xeque, mas segue em frente, buscando se auto afirmar como expoente político da cidade.

Diego, então, migra para o ninho dos Republicanos e lança candidatura a Deputado Federal em 2022, voltando a ser o segundo mais bem votado no município. Então, logo após o fim do primeiro turno, comete o segundo erro.

Dessa vez, no entanto, o movimento equivocado pode custar caro ali na frente. Se negou a dialogar com o então candidato ao governo Renato Casagrande e declarou apoio ao candidato da direita, Carlos Manato. Ao final, Renato Casagrande saiu vencedor da eleição e Manato mergulhou no ostracismo político.

Agora, Libardi se movimenta para viabilizar sua candidatura à prefeitura de Cachoeiro em 2024. Tem conversado com políticos e lideranças de diversos segmentos, porém, mais uma vez, comete erro estratégico, e se afasta de seu colégio eleitoral, assumindo a Secretaria Municipal de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho, na prefeitura de Vitória.

Independente das razões que o motivaram a assumir a Secretaria na capital do Espírito Santo, ele estará a mais de 130km de seu domicílio eleitoral, e, como é sabido, consumido pela burocracia que engole os gestores públicos. Sua agenda funcionará muito parecida com a de um deputado estadual, estando de segunda a quinta na capital e no final de semana em Cachoeiro. Só o tempo dirá se será suficiente para viabilizar sua candidatura ao executivo da “Capital Secreta do Mundo”.

Enquanto Diego se ocupará a assinar documentos, despachar com seu novo chefe (o prefeito Pazolini) e atender o povo de Vitória, seus adversários estarão diariamente face a face com os eleitores cachoeirenses. E isso, poderá se refletir nas urnas.