O deputado estadual Tyago Hoffmann (PSB) tinha tudo para ser o novo presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo a partir de fevereiro desse ano. Seu perfil preenche todas as características. Inclusive, a maior delas, talvez, é a que vai fazer com que não seja o presidente e, sim, o líder de governo: a capacidade de enxergar o macro, fazer uma leitura ampla da conjuntura e agir pensando no coletivo do qual faz parte.

Hoffmann preferiu não criar um cenário de batalha entre o seu grupo, que é o do governador Casagrande, e dos demais deputados. Entendeu que nesse momento é melhor ser líder do governo. Demonstra grandeza e que faz política com P maiúsculo.

Alguns veículos de comunicação ainda colocam Tyago e Pagung na disputa pela liderança do governo na ALes, porém, informações de bastidores é de que o governador Renato Casagrande já decidiu, e o nome é Tyago Hoffman.

Dary, porém, tem dado sinais de que não deseja mais ficar na liderança, são sinais de cansaço de quem enfrentou os períodos mais difíceis para se defender um governo – a pandemia e a eleição. Razões aceitáveis, diga-se de passagem. Dia e noite o governo era acusado por opositores, da tribuna da Ales, contrários a toda e qualquer medida tomada para enfrentar a Covid-19.

Ser líder de governo será uma tarefa e tanto. Ser a voz do Executivo com os outros 29 deputados requer habilidade e traquejo, características que não faltam para Hoffmann. Casagrande inicia seu novo mandato como governador acertando em todas as áreas até o momento. Ter Hoffmann como seu líder na Assembleia é mais um desses acertos.