Covid-19: Brasil tem apenas seis milhões de doses de vacina disponíveis

Eduardo Pazuello participou de sessão no Senado Federal a convite da senadora e garantiu - mesmo com vacina em falta - que até dezembro o Brasil vai imunizar 100% da população

Publicado por: Assessoria de Comunicação Em: Política No dia: 12 de fevereiro de 2021


Após quase um ano do início da pandemia de Covid-19 no país e mais de 230 mil mortes, o Brasil tem apenas seis milhões de doses de vacina contra o coronavírus disponíveis neste momento. A informação foi dada pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ao ser questionado pela senadora Rose de Freitas (MDB-ES), autora do convite para a sessão de debate com o ministro promovida nesta quinta-feira (11) no Senado Federal. Segundo Pazuello, 11 milhões de doses já foram distribuídas a estados, municípios e Distrito Federal, das quais cinco milhões foram aplicadas na população.

Primeira a se manifestar em plenário, Rose chamou a atenção para a necessidade urgente de disponibilizar vacinas e cobrou do ministro explicações sobre a demora para a distribuição dos imunizantes. “A população quer saber qual o número de vacinas disponíveis temos agora, e não de onde vêm essas vacinas. Qual a razão para tanto atraso? Hoje estamos em um momento pior do que estávamos antes”, questionou.

O ministro negou que houve atraso na disponibilidade das vacinas e defendeu que as 100 milhões de doses contratadas junto ao Instituto Butantã, em São Paulo, foram iniciativa do Ministério. “Não há atrasos. O contrato que foi feito é integral, das 100 milhões de doses, por proposta do Ministério, e não do Butantã”, disse.

“Nós temos 11 milhões de doses distribuídas nos estados e municípios. A disponibilidade hoje é (a sobra) do que está distribuído, algo em torno de seis milhões. Nós não fizemos reservas em galpões do Ministério. Decidimos, por estratégia, distribuir tudo o que chegar”, completou o ministro.

Pazuello justificou ainda que uma medida provisória publicada em dezembro deu condições para o Governo contratar as doses de vacina. “Nós só podemos comprar qualquer coisa no SUS (Sistema Único de Saúde), com recursos da Nação, se tiver incorporado aquele medicamento ou imunizante. E nós não poderíamos contratar e empenhar recursos sem estar devidamente registrado ou autorizado. No momento em que a medida provisória foi publicada, em 24 horas foi feito o contrato [com o Butantã]”, garantiu.

Rose apontou também que os laboratórios brasileiros para a produção de vacinas manifestaram a necessidade de se ter recursos. “A exemplo do Reino Unido, nós poderíamos ter investimentos do Governo Federal para que pudéssemos produzir a vacina”, cobrou.

Pazuello, no entanto, garantiu que a população será imunizada até o fim deste ano. “Nós vamos vacinar o país em 2021, [sendo] 50% da população até junho e 50% até dezembro. Esse é o nosso desafio e é o que estamos buscando e vamos fazer”, afirmou Pazuello.