Publicado por: Agencia de Notícias Em: Política No dia: 12 de outubro de 2022
Do alto dos seus 84 anos de idade, a maior parte deles dedicado à vida pública, Theodorico Ferraço (PP), que foi reeleito para mais um mandato na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), dispara: “hoje, o político ou a pesquisa que arriscar palpite, entra pelo cano”.
Ferraço tem muita história em Cachoeiro de Itapemirim. Filho de Jaciguá, começou a carreira política em 1967, quando elegeu-se deputado estadual. Foi prefeito de Cachoeiro por quatro mandatos e deputado federal ou estadual por outros tantos anos. Mesmo diante de tanta experiência na vida pública, ele surpreendeu-se com os resultados das eleições deste ano. “Houve uma modificação a ponto de, como dizia meu pai, ‘bezerro não reconhecer mais a vaca'”.
Pai de Ricardo Ferraço, candidato a vice-governador ao lado de Renato Casagrande, Ferraço não se incomoda quando questionado sobre bases aliadas. Seu partido, o PP, apoia Bolsonaro. O partido de Casagrande, o PSB, é da base aliada de Lula. E Ricardo, o filho, é do PSDB, que se mostrou neutro. “Nós temos um retrato da democracia. Meu partido apoia Bolsonaro. O partido do Ricardo ficou neutro. O partido do Renato apoia o Lula. Mas o Renato Casagrande vai pensar no Espírito Santo e governar com o presidente que for eleito. Não pode ter radicalismo de governador com presidente da República. Isso é um erro, e o Estado não pode pagar por isso”, completa.
“O governador não fez campanha pra ninguém para presidente. E ele tem a obrigação de cuidar da sua eleição e cuidar do Espirito Santo. Se reeleito, ele vai governar com o presidente escolhido pelo povo. Mas o governador tinha que seguir o seu partido, que tinha um candidato e era o Lula. Vamos respeitar a liderança do Lula. Do outro lado, a onda bolsonarista foi realmente um fenômeno no Espirito Santo que levou os resultados que tivemos. Dar palpite nesta eleição? Nem eu com 80 anos vou fazer isso.” diz Ferraço.
Fonte: www.aquinoticias.com