Uma das coisas que orgulha o cachoeirense é a tradição de comemorar o aniversário da cidade. A cada ano, o 29 de junho traz aquele sentimento de pertencimento a cidade. É quando as pessoas se encontram para relembrar o passado, a época da escola, seja ela o Bernardino Monteiro, Liceu o a do Comércio. Contar as histórias vividas nos seus bairros, naquela rua onde sempre tinha uma figura marcante. Falar de Rubem, Roberto, Sérgio Sampaio, com propriedade do assunto, sempre com um fato novo que pouca gente sabia.

Lembrar do bar Alaska; do CDM; dos confrontos entre o Cachoeiro e o Estrela; assistir a tradicional pelada no Sumaré com os veteranos, que depois descem para o Mercado Municipal para se confraternizar. Cochichar sobre o Baile de Gala nos Caçadores, com aquela inveja do bem, porque são poucos que conseguem ir. E depois ver as fotos nos jornais e revistas. Dia de falar das festas que aconteciam onde hoje é o Fórum.

É um carnaval fora de época para quem conhece e vive a história de Cachoeiro. É o momento em que os problemas da cidade são colocados de lado para exaltar o que a cidade tem de melhor: o seu povo.
Esse ano, a festa precisa ser diferente. A turma da antiga é a que mais sente. Mas não tem problema. Esse é um acontecimento que também vai ficar para as rodas de conversa no ano que vem. E aí, quando chegar 2021 e for possível festar o aniversário de Cachoeiro, será ainda melhor.

É dia da Festa de Cachoeiro. Ela não pode ser comemorada na Exposição, no Baile, na Festa da Praça Vermelha ou assistindo o desfile na Antiga Estação Ferroviária, mas nada disso vai tirar o brilho nos olhos de quem sabe como é difícil ser humilde quando se trata de sua origem e ela é Cachoeiro de Itapemirim.