Em: Geral No dia: 23 de novembro de 2020
O presidente Jair Bolsonaro voltou a negar, na manhã desta segunda-feira (23), que a produção do agronegócio afete a preservação da Amazônia. O mandatário repetiu diante de apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada que países estrangeiros têm um “objetivo comercial” em relação à preservação do bioma.
“Não é da forma como eles dizem que nós tratamos (o agronegócio). Forma mentirosa, que nós tocamos fogo em tudo. Nós não plantamos na Amazônia. E criticam falando que estamos fazendo derrubada na Amazônia. Críticas infundadas, têm objetivo comercial”, afirmou.
De acordo com Bolsonaro, o interesse de outros países não é na floresta, mas sim no que está “debaixo da terra”. “Agora o que o mundo vê na Amazônia? Vê a floresta? Se for a floresta nós estamos prontos para fornecer mudas para eles para reflorestarem seus países. Está de olho no que tá debaixo da terra”, afirmou hoje aos apoiadores.
Na sequência, citou o interesse de concorrentes internacionais no ramo de produção agrícola como base para às críticas a política ambiental brasileira. “Por que tanta crítica ao Brasil? É o comércio, o agronegócio. Nós somos uma potência na exportação de commodities do campo e eles querem cada vez mais que nós venhamos a produzir menos para não prejudicar o seu mercado lá fora”, declarou.
Nesta mesma conversa com o apoiadores, Bolsonaro repetiu ainda que seu governo diminuiu as demarcações em terras indígenas e afirmou que agora “para demarcar alguma coisa tem que estar muito bem explicado”.
Em tom de crítica, o chefe do Executivo também falou sobre a reserva indígena Yanomami. “Tem mais ou menos, ninguém pode comprovar, são 10 mil índios. Alguém sabe o tamanho da reserva Yanomami comparando com outros Estados: é duas vezes (sic) o tamanho do Estado do Rio de Janeiro. Justifica isso? Lá é uma das terras, o subsolo mais rico do mundo”, disse.
Neste domingo, 23, durante reunião do G-20, Bolsonaro defendeu a política ambiental do País e criticou “frases demagógicas”.