Em: Esportes No dia: 26 de julho de 2020
Em seus primeiros passos no comando do projeto de vôlei que uniu o Sesc-RJ, maior campeão nacional, e o Flamengo, o técnico Bernardinho é cauteloso. O treinador afirmou que a parceria tem tudo para dar certo e ser vitoriosa, mas prefere não estabelecer promessas impossíveis de serem cumpridas.
Em entrevista à FlaTV, canal oficial do clube, divulgada na noite de sábado, Bernardinho garantiu que a equipe vai brigar em cima e terá mentalidade vencedora, sonhando alto. Entretanto, fez questão de dizer que é preciso tempo para que o projeto se estabeleça e vire referência no futuro.
“A expectativa é alta. Vamos brigar? Vamos brigar. Somos favoritos? Longe disso. O orçamento de ao menos quatro (times) são superiores aos nossos. Mas vamos trabalhar e, principalmente, fincar as bases para crescer. Nosso sonho é grande. Sonhar pequeno dá muito trabalho. Flamengo, quando pensa, pensa em Sul-Americana, nossa Libertadores, Mundial. Pensamos nisso, mas precisamos de tempo. Não adianta conseguir um investimento altíssimo e daqui a uns anos acaba. Tem de ser alguma coisa realmente estruturada para que a gente permaneça por décadas, para que isso faça parte dessa estrutura gigantesca que foi uma das coisas que me atraiu”.
Na entrevista, Bernardinho, ao falar dos sonhos que ainda nutre, reforçou o desejo de transformar a união entre Sesc-RJ e Flamengo em algo vitorioso, referência, lembrado no futuro pelos torcedores, repetindo o que já fez ao longo da sua carreira em outros trabalhos. O técnico é dono de sete medalhas olímpicas com as seleções masculinas e femininas, sendo uma como jogador, e também acumula trabalhos bem-sucedidos em clubes.
“A ideia mais importante de tudo é a construção, pés no chão, responsabilidade. A ideia é que seja um projeto longevo, sustentável e que permaneça por muito tempo. Que o vôlei do Flamengo seja visto daqui alguns anos como o remo, o basquete”, destacou. “O desafio é enorme, sei que vai ter trabalho, pressão, é do jogo. A gente quer realizar esse sonho e ter o Maracanãzinho lotado com as partidas de vôlei. Um passo de cada vez e a gente chega la”, prosseguiu.
O treinador não escondeu seu carinho pelo Botafogo, do qual é torcedor, mas revelou que um de seus ídolos fez história no Flamengo. “O Zico é um ídolo, antes como pessoa, uma figura que há anos e anos eu acompanho e vejo. Sempre admirei a carreira, a trajetória”, contou.