Publicado por: Redação Em: Polícia No dia: 31 de maio de 2023
A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz, prendeu, em cumprimento de mandado de prisão temporária, nessa segunda-feira (29), um homem de 52 anos, autor confesso do homicídio de Carlos Maximiliano de Oliveira, vulgo ‘Cabo Sujo’, de 56 anos.
O titular da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz, delegado André Jaretta, informou que a vítima saiu no dia 1º de junho do ano passado, por volta das 20h, da casa de seus pais, localizada na Aldeia Caieiras Velha, zona rural, em Aracruz e não foi mais avistado.
“Os familiares aguardaram alguns dias e registraram a ocorrência de seu desaparecimento cinco dias após, no dia 6 de junho do ano passado. Os familiares informaram, à época, que ele era dependente de álcool, mas sempre retornava para casa, o que não ocorreu desta vez. A partir de então a DHPP de Aracruz iniciou as investigações. Durante as buscas foram usados até mesmo cães do Corpo de Bombeiros de Colatina, na expectativa de encontrar o desaparecido”, disse o delegado André Jaretta.
Ainda de acordo com o delegado, apesar dos trabalhos e da vítima não ter sido localizada, não se sabia, até então, se ele estava morto. “Não se sabia até então se realmente ele estava morto e, em caso positivo, se essa morte seria decorrente de algum mal súbito, em virtude da ingestão constante de álcool, ou de crime. Vale salientar que a Aldeia fica situada numa extensa área rural, margeada por florestas, lagos e rios, o que dificultou a procura”, informou o delegado André Jaretta.
Já na tarde dessa segunda-feira (29), a equipe da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz, recebeu informações de colaboradores e intimou um homem de 52 anos para interrogatório. Segundo informações, ele poderia ter relação com o desaparecimento da vítima.
“Durante o interrogatório, ele confessou aos policiais que na noite do dia 1º de junho do ano passado, seu amigo Carlos esteve em sua casa, onde ingeriram conjuntamente aguardente, popularmente conhecida como cachaça. Ele afirmou que após terminar a bebida alcoólica Carlos desejava ir até Coqueiral de Aracruz comprar mais, porém o autor discordou, gerando assim uma discussão”, disse o delegado.
De acordo com a versão do autor, a discussão evoluiu para agressões físicas, tendo recebido um soco e em seguida desferido o mesmo golpe contra a vítima, fazendo-o cambalear e cair parcialmente numa fossa de dejetos no quintal. “O autor afirmou que nessa situação, se apossou de uma enxada e bateu por duas vezes contra a cabeça de Carlos, fazendo-o cair definitivamente na fossa. Depois o autor cobriu a fossa com uma tampa de concreto, deixando o corpo naquele local. Essa fossa fica a cerca de cinco metros da casa do autor, no quintal do imóvel”, relatou o delegado André Jaretta.
Após o interrogatório a equipe seguiu até a casa do autor, onde ele indicou a fossa onde havia jogado a vítima. “Quando os policiais destamparam, já visualizaram os restos mortais, uma ossada, de Carlos, submerso em líquido. Imediatamente a equipe acionou a perícia criminal da Polícia Civil, e o Corpo de Bombeiros para retirada do cadáver”, contou Jaretta.
Paralelamente às diligências da equipe da DHPP de Aracruz, o delegado representou pela prisão temporária do autor, sendo que após parecer do Ministério Público favorável, teve a prisão decretada ainda durante a noite pelo Juízo da 2ª Vara Criminal de Aracruz, em regime de plantão judiciário. Assim, o preso foi levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Aracruz. Segundo o titular, essa prisão demonstra que o desaparecimento não caiu no esquecimento.
“Nossa equipe monitora cada um dos casos e, sempre que temos novas informações, realizamos diligências. A DHPP de Aracruz agradece a confiança da população em repassar as informações e salienta a importância de denúncias sobre crimes ainda não elucidados, até mesmo anonimamente pelo Disque-Denúncia 181”, disse.
Os familiares da vítima estão sendo orientados pelo Laboratório de Antropologia da PCES a fim de realizarem exame de DNA para confirmar se tecnicamente de que os restos mortais encontrados, realmente são de Carlos Maximiliano de Oliveira.