Ah, a política! Aquele reino mágico onde promessas são lançadas ao vento, debates se desenrolam e,
de alguma forma, as cadeiras das Câmaras de Vereadores Brasil afora se transformam em poltronas “esperando ansiosamente o próximo discurso entediante”. É como se estivéssemos todos tentando montar um quebra-cabeça da eficácia política, mas descobrimos que a caixa está cheia de peças perdidas.

Antes que você me julgue, saiba que esta não é uma coluna recheada de ódio ou sensacionalismo,
nem pretende ser um trampolim para a fama pessoal. O discurso crítico é vital para qualquer processo democrático, e não estou apontando dedos específicos para os Vereadores A ou B; na verdade, isso nem está no meu radar.

No entanto, para muitos habitantes da cidade dos sonhos, a Câmara de Vereadores é um pesadelo que parece não ter fim. Talvez pudéssemos todos participar de um curso intensivo sobre como fazer promessas brilhantes durante a campanha, mas quando se trata de implementar mudanças reais, isso se revela mais complicado do que montar um quebra-cabeça de mil peças sem ter a imagem da solução na tampa.

Alguns parecem se importar mais com questões que são debatidas em nível nacional, utilizando pautas de comoção popular para desviar o foco do que realmente importa. Afinal, quem precisa se preocupar com assuntos locais quando se pode se dedicar a problemas nacionais como se fossem vilões de história em quadrinhos?

Mas, concedamos o benefício da dúvida. Talvez estejam apenas seguindo à risca o velho ditado: “A procrastinação é o ladrão do tempo, e todos nós adoramos uma boa distração”. Por que se preocupar com eficácia quando podemos passar horas debatendo o nome de uma rua?

No entanto, não devemos ser muito severos. Afinal, eles foram eleitos por nós, e essa falta de eficácia é um reflexo direto da nossa própria participação política (ou da ausência dela). É hora de juntar as peças perdidas do quebra-cabeça da eficácia política, exigir responsabilidade de nossos representantes, participar ativamente e, quem sabe, encontrar a peça que falta para resolver esse enigma. Quem sabe, um dia, a política se torne mais eficaz do que tentar montar um quebra-cabeça no escuro.