Em: Geral No dia: 20 de julho de 2020
Os médicos são os profissionais em quem os brasileiros mais confiam. Esse é o resultado da pesquisa realizada pelo Datafolha a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM), que mostra que os médicos têm 35% de aprovação como aqueles em quem a população mais deposita confiança e credibilidade. Em seguida, vêm os professores (21%) e os bombeiros (11%).
A situação atual provocada pela pandemia da covid-19 contribuiu para esse aumento do porcentual de confiabilidade dos médicos, que na pesquisa anterior, realizada em 2018, tinham aprovação de 24% dos brasileiros.
Segundo o levantamento, 57% dos brasileiros avaliam o trabalho dos médicos como ótimo ou bom; 32% como regular; e 10% como ruim ou péssimo. Quando a pergunta é especificamente sobre a atuação desses profissionais no período da pandemia, o porcentual dos que avaliam o trabalho como ótimo ou bom sobe para 77%; 17% consideram regular; e 6% ruim ou péssimo.
A qualidade do atendimento oferecido também é classificada como ótima ou boa por 73% dos entrevistados. O levantamento mostra ainda que, para 64%, o nível de confiança depositada no trabalho realizado pelos médicos durante a pandemia é alto.
Com relação à valorização desses profissionais, 49% acreditam que o trabalho do médico não tem recebido a valorização merecida e a consideram regular, ruim ou péssima. A pesquisa revela ainda que 65% avaliam que o trabalho tem sido prejudicado por falta de infraestrutura. Independentemente da pandemia, os brasileiros entendem, em sua maioria, que os médicos são vítimas de problemas de gestão e, para 99%, esses profissionais carecem de condições adequadas para o pleno exercício de suas atividades. Para 95%, eles merecem ser alvos de medidas de valorização, como maior remuneração e plano de carreira.
Outras profissões
O levantamento mostrou que atrás de médicos, professores e bombeiros, os que têm melhor avaliação são policiais (5%), militares e juízes (4% para cada categoria), e advogados, jornalistas e engenheiros (3%, cada).
A pesquisa ouviu 1.511 pessoas, com 16 anos ou mais, em entrevistas por telefone, de todas as regiões do País. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3 pontos porcentuais para cima ou para baixo.