O período de 14 dias de quarentena no Espírito Santo não proíbe ninguém de trabalhar. Está longe de ser um lockdown como fizeram alguns países da Europa, onde era proibido até andar pelas ruas em qualquer horário do dia. O sistema de delivery permite que qualquer empresa que não esteja classificada como serviço essencial continue funcionando, vendendo e entregando seus produtos.

É lógico que não é a mesma coisa. Existe toda a diferença que é pública e notória entre funcionar presencial e on-line. Mas a venda pela internet também funciona. Exige um pouco mais de esforço, pro atividade e o resultado pode ser melhor do que se imagina.

Muitos vendedores recorrem ao WhatsApp nesse momento. Acessam sua lista telefônica e disparam para seus contatos suas ofertas e produtos. O retorno é sempre positivo. Até porque, garante aos clientes a oportunidade de comprarem sem sair de casa. É, inclusive, uma ferramenta que deveria permanecer mesmo após a quarentena.

O que parece estar acontecendo é que estão politizando medidas sanitárias essenciais para frear o aumento no número de mortes por coronavírus, como se o problema fosse político e não de saúde pública.

Em Cachoeiro de Itapemirim, por exemplo, quando se vê os personagens que figuram liderando protestos contra a quarentena, logo se percebe uma dúzia de ex-candidatos derrotados nas urnas querendo se manter vivo entre o eleitorado.

É lógico que existe a preocupação de quem investiu em montar uma loja, um bar, um restaurante e o desejo de terem suas reivindicações ouvidas pelo Poder Público, encontrando nas manifestações a única forma de expressar o seu desespero.

Mas a quarentena pode, de fato, salvar vidas. Porque a maneira como o país vem conduzindo a pandemia não tem salvado nem vidas e muito menos a economia. Está tudo entrando em colapso.